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domingo, 11 de outubro de 2015

ALERGIA MEDICAMENTOSA.



O número de novos medicamentos para as mais variadas doenças aumenta continuamente. Se por um lado eles ajudam a aprimorar tratamentos, contribuem também para impulsionar a incidência de alergias a eles. Estudos mostram que de 3% a 6% das admissões hospitalares estão relacionadas a algum tipo de reação adversa a medicamento, que também pode atingir entre 10% e 15% dos pacientes internados. Mas apenas um terço dessas reações envolvem mecanismos imunológicos, sendo consideradas alérgicas.
A alergia é uma manifestação de hipersensibilidade do sistema imunológico a agentes externos que normalmente não são nocivos. E com os medicamentos não é diferente.

Mecanismo da alergia

A alergia ocorre porque o sistema imunológico "confunde" substâncias inofensivas com agentes invasores e cria anticorpos para destruí-los. Os anticorpos associados à alergia são chamados de imunoglobulinas da classe E (IgE) e são proteínas do sistema imunológico. Quando há novos contatos dos antígenos (agentes externos) com o sistema imunológico do alérgico, os anticorpos IgE os reconhecem e partem para o ataque, liberando os chamados mediadores, que causam os sintomas alérgicos. Entre os mediadores mais conhecidos está a histamina, embora certas substâncias liberadas em situações de estresse também atuem da mesma forma. Daí o fato de o estresse ser considerado fator agravante para determinadas reações alérgicas.

A definição da alergia a medicamentos como problema de saúde data da segunda metade do século XX. Por serem amplamente prescritos e consumidos, antibióticos e anti-inflamatórios estão entre os que mais provocam reações alérgicas. A grande maioria dos sintomas de alergia medicamentosa independe da dose e engloba manifestações clínicas diversas, com mecanismos heterogêneos, podendo ocorrer em minutos ou até dias após a ingestão da medicação.

Diagnóstico e tratamento

Toda manifestação inesperada após a ingestão de qualquer medicamento deve ser objeto de observação médica. A pessoa deve buscar atendimento rápido em um hospital ou pronto-atendimento. A história clínica e as informações sobre consumo pregresso e recente de medicamentos são essenciais para a precisão do diagnóstico, assim como o exame clínico apurado. Testes alérgicos podem ser empregados para esclarecer o diagnóstico.

Interromper a utilização do medicamento suspeito é a primeira providência no tratamento da reação alérgica, substituindo-o por outro que possua princípio ativo diferente. No tratamento, podem ser usados medicamentos anti-histamínicos e/ou corticosteroides. Quando há choque anafilático utiliza-se a adrenalina para garantir que o paciente retome níveis adequados de respiração e de pressão arterial. A dessensibilização – terapia que suprime as reações alérgicas a certas substâncias e é muito utilizada para antígenos, como pólen e poeira – não tem mostrado eficácia no caso de medicamentos.



FONTE: http://www.einstein.br

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